METODOLOGIA ATIVA
A aprendizagem ativa utiliza
objetivos viáveis, mensuráveis, definidores e prioritários (Kober, 2017). É
viável se existe um período em que pode ser atingido. É mensurável, se pode ser
medido. É definidor se define a atividade, sem se confundir com ela. É
prioritário se é importante para a aprendizagem do aluno. De acordo com a
autora, a metodologia ativa envolve no aluno nas atividades que devem promover
a discussão, a escrita, a leitura, a solução de problemas e ensinar os outros.
A metodologia ativa não bane a exposição porque o professor tem sempre mais
conhecimento do que os alunos e deve transmitir esses conhecimentos. O
professor deve usar o método pergunta-resposta. Para tal, deve preparar bem as
perguntas para que não sejam sempre os mesmos alunos a responder.
Na procura de uma
definição de aprendizagem ativa, deparamo-nos com Prince (2004) que refere não
ter encontrado uma definição. O autor considera-a um método baseado na
resolução de problemas. A aprendizagem ativa é um processo que retira o
protagonismo ao professor e o atribui ao aluno. O professor deixa de ser um
expositor e desempenha o papel de orientador, facilitador e dinamizador das
tarefas.
Neste tipo de
metodologia, dá-se ênfase ao envolvimento dos alunos que passa pela realização
de atividades que podem decorrer dentro ou fora da sala de aula, com trabalho
em grupo ou individual e com ou sem recurso às TIC (Elison 2010). Os alunos podem
participar na explicação de um conceito ou na forma de resolver um problema, no
esboço de um fluxograma ou de um mapa conceptual, na análise de um estudo, na interpretação
de uma experiência e até na crítica de uma notícia (Felder & Brent).
A aprendizagem ativa,
baseada na cooperação, na colaboração, no trabalho de projeto e no envolvimento
ativo dos alunos, vai ao encontro dos princípios considerados no Programa
Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (PNPSE) do XXI Governo Constitucional.
Um Programa que confere às escolas autonomia na flexibilização do currículo e
define o perfil do aluno à saída do ensino obrigatório. A nova legislação dá às
escolas a possibilidade de decidir as prioridades e de “encontrar soluções
locais e conceber planos de ação estratégica, pensados ao nível de cada escola,
com o objetivo de melhorar as práticas educativas e as aprendizagens dos
alunos” (Resolução do Conselho de Ministros n.º 23/2016, de 11 de abril de
2016). É uma forma de respeitar as diferenças e os ritmos de aprendizagem dos
alunos, o que não acontecia até então, de forma explícita, como refere Peralta
(2017) e serve de ”referência para a organização de todo o sistema educativo,
contribuindo para a convergência e a articulação das decisões inerentes às
várias dimensões do desenvolvimento curricular''.
Existe uma preocupação em
antecipar e prevenir o insucesso através de estratégias inovadoras e indutoras
de mudança. De entre essas estratégias está o uso, em sala de aula, das
tecnologias de informação através do uso dos telemóveis, dos tablet`s e dos computadores.
Pretende-se “melhorar a qualidade do ensino, das aprendizagens e promover a
aprendizagem para todos” (Costa, 2017). O mesmo autor aponta a edição do PISA
em que os alunos melhoraram os resultados nas literacias da Matemática, Leitura e Ciências e acrescenta os
resultados relativos à perda de qualidade no bem-estar.
A promoção de novas práticas no ensino-aprendizagem, a mudança
de conceções e a adoção de uma metodologia inovadora de ensino/aprendizagem
visam contribuir para o questionamento da aprendizagem, a construção do
conhecimento pela interação dos pares e promover uma atitude de prazer durante
as aprendizagens. O professor deve planificar as aulas a pensar na forma como
deve manter os alunos atentos e motivados.
FONTES:
Prince, M. (2004).
Does active learning work a reviw of the research. Journal of engineering
education 93 (3), 223-231
http://www.scielo.br/pdf/rbem/v39n1/1981-5271-rbem-39-1-0143.pdf
Despacho n.º 6478/2017, de 26 de julho
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